Um dos ícones do turismo religioso no Espírito Santo, Anchieta recebe seu maior número de turistas durante o Verão. Além da obra arquitetônica de grande valor histórico, o Santuário Nacional de São José de Anchieta também oferece uma programação religiosa que tem as missas como diferencial durante todo o verão. “É quando o santuário recebe seu maior número de visitantes no dia”, explica a direção do santuário.
As missas acontecem nessa temporada sempre às terças, quintas e sábados às 7h da manhã. Mas, diariamente, acontece a missa das 19h e aos domingos às 8h30, 10h30 e 19h.
O turista que vai à missa aproveita e faz uma visita ao Museu de São José de Anchieta que funciona anexo ao Santuário e é aberto todos os dias das 8h às 17h. Para a visita é preciso pagar uma tarifa simbólica de R$5 que corresponde ao serviço da visita guiada. No Museu você fica por dentro de toda trajetória do santo que é co-padroeiro do Brasil. O Santuário também recebe visitas diariamente das 8h às 19h30 e a entrada é aberta ao público.
Foto: Pedro Quitiba/Assessoria PMA.
A localização
O Santuário Nacional de Anchieta fica em uma encosta do morro do Rio Benevente, na antiga aldeia de Reritiba, núcleo histórico da cidade de Anchieta, no litoral sul do Espírito Santo, a 80 km da capital, Vitória.
Enquanto obra arquitetônica, o Santuário Nacional de Anchieta é uma construção jesuítica do Brasil Colônia. Foi erguido entre meados do século 16 e início do século 17.
Constitui-se das seguintes partes: a igreja mais a residência em forma de quadra e uma praça fronteiriça ao conjunto arquitetônico, atualmente conhecida como Praça da Matriz. Tem sua fachada principal voltada para o mar. A residência, edificada ao lado da igreja, localiza-se ao sul da quadra. Neste conjunto, hoje, funcionam o Museu Padre Anchieta pertencente à Sociedade Nacional de Instrução - instituição educacional filantrópica dirigida pelos jesuítas - e a Sede da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção, confiada aos jesuítas pela Mitra Arquidiocesana de Vitória.
Foto: Pedro Quitiba/Assessoria PMA.
O Conjunto Jesuítico de Anchieta destaca-se pela importância que teve no processo de inculturação religiosa dos índios puris e tupiniquins, conduzido pela Companhia de Jesus no tempo da Colônia, modelo considerado pioneiro no Brasil; mas também por ter sido o lugar escolhido pelo sacerdote José de Anchieta para viver os últimos anos de sua vida.
Foi em 1943 que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, reconhecendo a relevante importância deste monumento para a Memória Nacional, promoveu seu tombamento.
Cela de São José de Anchieta
Cela é o nome que se dá ao cômodo de moradia severo e simples de um religioso. A cela do Padre Anchieta era o lugar para onde ele se retirava, isolando-se de todos para rezar, escrever e dormir. Nesta cela, o Pe. Anchieta hospedou-se muitas vezes em suas passagens pela localidade. Nela, recuperava-se dos desgastes físicos causados pelas longas viagens que fazia sempre a pé, a fim de preparar e fortalecer as comunidades indígenas. Nela, ele faleceu no dia 9 de junho de 1597.
Hoje, a cela abriga um pedaço do osso da tíbia do beato José de Anchieta, que pertencia, desde o ano de 1759, ao governo do Espírito Santo. A relíquia foi devolvida em 1888 aos jesuítas, que a levaram para Nova Friburgo, RJ. Voltando a residir em Anchieta, os jesuítas trouxeram de volta, em 1944, a relíquia do Beato, cuja proteção ainda hoje invocam, para dar continuidade à obra missionária daquele que foi considerado “O Apóstolo do Brasil”.
